A importância da memória
A memória é uma das coisas mais importantes para o ser humano. Sem ela, não seríamos capazes de aprender, de ter relacionamentos interpessoais e de nos adaptar às mudanças. A memória é o que nos torna seres humanos únicos e especiais.
A ciência da memória é uma área de estudo relativamente nova, que teve início na década de 1970. Desde então, os cientistas têm aprendido muito sobre como a memória funciona e por que às vezes falha.
Um dos principais contribuidores para este campo de estudo é a psicóloga Elizabeth Loftus, que é conhecida por sua investigação sobre a natureza da memória.
A ciência da memória
A ciência da memória estuda como a memória funciona e por que às vezes falha. A maioria das pesquisas sobre a memória se concentra em três áreas: a memória de longo prazo, a memória de curto prazo e a memória de working.
A memória de longo prazo é o tipo de memória que guardamos para eventos que ocorreram há muito tempo. Por exemplo, você provavelmente se lembra do seu primeiro dia de escola ou do seu casamento. A memória de longo prazo é dividida em duas categorias: a memória explícita e a memória implícita.
A memória explícita é o tipo de memória que podemos conscientemente recordar. Por exemplo, você pode se lembrar de um evento que ocorreu há alguns anos atrás, como o seu primeiro dia de escola. A memória implícita, por outro lado, é o tipo de memória que não precisamos pensar conscientemente para recordar.
Por exemplo, você pode ter um bom senso de direção, mas não se lembra como chegou ao seu destino.
A memória de curto prazo é o tipo de memória que usamos para eventos recentes. Por exemplo, você pode se lembrar do restaurante onde almoçou hoje ou da loja onde comprou suas roupas.
A memória de curto prazo geralmente dura de alguns segundos a alguns minutos, e depois disso ela é esquecida.
No entanto, às vezes podemos converter esses eventos em memórias de longo prazo, caso estejamos particularmente interessados no evento ou seremos solicitados a lembrá-lo novamente no futuro.
A memória de working é o tipo de memória que usamos para eventos futuros. Por exemplo, você pode se lembrar de um compromisso que tem amanhã ou de uma tarefa que precisa fazer na próxima semana. A memória de working nos permite planejar e executar tarefas complexas.
Ela também nos ajuda a evitar erros, pois nos permitem lembrar o que já fizemos e o que precisamos fazer.
A memória e a justiça
Uma das principais áreas de pesquisa da psicologia da memória é o impacto da memória na justiça. Os cientistas têm estudado como as testemunhas podem recordar eventos diferentes dos policiais e dos acusados.
Eles também estudaram como as pessoas podem ser influenciadas pelas perguntas que lhes são feitas durante um interrogatório policial.
Um dos principais problemas com a memória é que ela pode ser facilmente influenciada por outras pessoas.
Por exemplo, imagine que você testemunhou um assalto. Você será interrogado pelo policial sobre o que viu.
O policial pode fazer perguntas sugestivas, como “Você viu o rosto do homem?” Ou “Qual era a cor da camisa do homem?” As respostas que você fornecer às perguntas do policial serão influenciadas pelas perguntas que ele lhe fizer. Essas respostas podem não corresponder à realidade, mas podem ser gravadas em sua mente como verdadeiras.
Outro problema com a memória é que ela pode enganar as pessoas sobre eventos que nunca aconteceram. Por exemplo, imagine que você foi apresentado a um amigo do seu amigo e esqueceu seu nome. Seu amigo lhe disse o nome dele, mas você não consegue se lembrar dele.
Em sua mente, você constrói uma imagem do homem baseada nas informações fornecidas pelo seu amigo.
Quando você finalmente o encontra novamente, ele pode ser completamente diferente da imagem que você criou em sua mente.
Você pode até mesmo chegar à conclusão errada de que ele cometeu um crime, apenas porque sua mente criou uma imagem falsa dele.
A memória e o poder
Outra área de pesquisa importante da psicologia da memória é o impacto da memória no poder. Os cientistas têm estudado como as pessoas usam a memória para manter o controle sobre outras pessoas e manipular as opiniões delas. Eles também estudaram como as pessoas podem usar amemoria para resistir a manipulação e controlar os outros.
Uma das maneiras pelas quais as pessoas usam a memória para controlar os outros é manipulando os fatos. Por exemplo, imagine que você está discutindo com um amigo sobre um evento que aconteceu no passado. Seu amigo lhe diz uma versão dos fatos e você sabe que ela está errada.
No entanto, você não consegue se lembrar dos fatos exatos para contraditá-lo.
Neste caso, você pode usar sua própria memória para manipular os fatos e convencer seu amigo de que ele está errado.
Elizabeth F Loftus
Elizabeth F Loftus é uma psicóloga estatística e cognitiva que se especializou em memória humana. Suas pesquisas têm sido focadas na natureza malleável da memória humana e nas implicações desta malleabilidade para a justiça penal. Loftus é autora de vários livros, incluindo The Myth of Repressed Memory: False Memories and Allegations of Sexual Abuse (1994) e Eyewitness Testimony (1979).
Loftus acredita que as lembranças podem ser facilmente distorcidas e que, consequentemente, elas devem ser tratadas com cautela. Ela argumenta que as lembranças de eventos traumáticos são particularmente suscetíveis à distorção, pois o cérebro pode “construir” uma lembrança a partir de fragmentos de informações, suposições e crenças. Além disso, as lembranças podem ser implantadas artificialmente por meio de sugestões subliminares ou explícitas.
Loftus é conhecida por seu trabalho em estudos de confabulação. Em um de seus estudos mais famosos, ela demonstrou que as pessoas podem ser persuadidas a “lembrar” de eventos que nunca aconteceram. Em outro estudo, ela mostrou que as pessoas podem ser persuadidas a “lembrar” de eventos que aconteceram em sua infância, como sendo atacadas por um animal ou sendo perseguidas por um homem com uma faca.
Loftus também é conhecida por seu trabalho sobre “falsas memórias”. Em um de seus estudos mais famosos, ela mostrou que as pessoas podem ser persuadidas a “lembrar” de eventos que nunca aconteceram. Em outro estudo, ela mostrou que as pessoas podem ser persuadidas a “lembrar” de eventos que aconteceram em sua infância, como sendo atacadas por um animal ou sendo perseguidas por um homem com uma faca.
Referências:
The Myth of Repressed Memory: False Memories and Allegations of Sexual Abuse. Elizabeth F Loftus. 1994.
Eyewitness Testimony. Elizabeth F Loftus. 1979.
Dúvidas dos Leitores:
1. O que é a psicologia do esquecimento?
A psicologia do esquecimento é o estudo da natureza da memória e do processo de esquecimento. Elizabeth Loftus, uma das principais pesquisadoras nessa área, nos ensina que a memória não é um disco rígido que armazena informações de maneira precisa e imutável. Em vez disso, é mais como uma fita Kaleidoscope, um conjunto de fragmentos de memórias que são constantemente reconstruídas e reinterpretadas à medida que novas informações são adicionadas.
2. Por que as pessoas esquecem?
As pessoas esquecem porque a memória não é um disco rígido, mas sim um conjunto de fragmentos de memórias que são constantemente reconstruídas e reinterpretadas. À medida que novas informações são adicionadas, algumas das antigas são perdidas ou distorcidas.
3. Como podemos evitar esquecer?
Não há como evitar o esquecimento, pois ele faz parte do processo de memória. No entanto, podemos minimizar o esquecimento, tomando cuidado para armazenar as informações de maneira organizada e acessível, e revisionando essas informações periodicamente.
4. O que Elizabeth Loftus nos ensina sobre a natureza da memória?
Elizabeth Loftus nos ensina que a memória não é um disco rígido, mas sim um conjunto de fragmentos de memórias que são constantemente reconstruídas e reinterpretadas. Ela também nos mostra que o esquecimento faz parte do processo de memória e que podemos minimizá-lo tomando cuidado com a forma como armazenamos as informações.
Curiosidades:
Elizabeth Loftus é uma psicóloga americana especialista em memória humana. Ela é conhecida por sua pesquisa sobre a natureza da memória e o impacto da informação sugestiva na formação de lembranças. Aqui estão algumas curiosidades sobre ela:
1. Elizabeth Loftus cresceu em Los Angeles, na Califórnia.
2. Sua mãe era cantora lírica e seu pai, um médico.
3. Loftus se formou em psicologia pela UCLA em 1964.
4. Em 1974, ela se tornou a primeira mulher a ser nomeada professor associado de psicologia na University of Washington.
5. Loftus tem mais de 500 publicações em revistas científicas e livros popularizados sobre a memória humana.
6. Seu trabalho tem sido citado em mais de 15.000 artigos acadêmicos e foi apresentado em programas de TV como 60 Minutes, 20/20 e The Oprah Winfrey Show.
7. Em 1995, ela recebeu o Prêmio Distinto de Psicologia Social da American Psychological Association.
Nome | Data de Nascimento | Local de Nascimento | Formação |
---|---|---|---|
Elizabeth Loftus | 1944 | Los Angeles, Califórnia, EUA | Pós-doutorado em Psicologia Cognitiva (1974), Universidade de Washington |