Como Leon Festinger Ajudou a Entender o Comportamento Humano

Leon Festinger é um nome que você provavelmente não reconhecerá, mas seu trabalho certamente influenciou a forma como entendemos o comportamento humano. Festinger foi um psicólogo social americano que liderou uma das primeiras pesquisas de psicologia cognitiva.

Sua pesquisa teve como objetivo compreender como as pessoas processam e interpretam informações. Seus estudos sobre a teoria da dissonância cognitiva forneceram uma compreensão valiosa sobre o modo como as pessoas lidam com a incongruência entre suas crenças e atitudes.

Festinger começou sua carreira na Universidade de Michigan, onde foi um dos primeiros estudantes de psicologia a se interessar pelas implicações sociais do comportamento humano. Após se formar, ele se mudou para a Universidade de Iowa, onde começou sua pesquisa sobre a teoria da dissonância cognitiva.

A teoria da dissonância cognitiva é baseada no princípio de que as pessoas buscam manter uma consistência interna entre suas crenças e atitudes. Quando há uma incongruência, as pessoas tendem a buscar maneiras de reduzir essa dissonância, seja mudando sua atitude ou crença, ou justificando sua atitude.

Festinger testou a teoria da dissonância cognitiva em diversos contextos, incluindo estudos sobre escolhas políticas e religiosas.

Os resultados de seus estudos forneceram insights importantes sobre o modo como as pessoas processam informações e tomam decisões.

Além disso, sua pesquisa ajudou a desenvolver modelos matemáticos que podem prever o comportamento humano em situações de incongruência. Festinger morreu em 1989, mas seu legado continua sendo estudado e utilizado pelos psicólogos sociais contemporâneos.

A Teoria de Festinger sobre a Dissonância Cognitiva

Leon Festinger foi um psicólogo social que, nos anos 1950, desenvolveu a teoria da dissonância cognitiva. A teoria é baseada na ideia de que as pessoas tendem a manter uma consistência interna entre suas crenças e seus comportamentos. Se houver uma discordância, ou seja, se as crenças e os comportamentos não estiverem alinhados, as pessoas buscarão reduzir essa dissonância, para manterem a consistência.

Por exemplo, imagine que você acredite que fumar é prejudicial à saúde, mas você continua fumando. Isso cria uma dissonância cognitiva, pois os seus comportamentos (fumar) estão em conflito com as suas crenças (que fumar é prejudicial à saúde).

Para reduzir essa dissonância, você pode procurar justificar o seu comportamento de fumar, dizendo que “não vou ficar doente por causa de um cigarro ou dois”, ou “todos os meus amigos fumam, então não é tão ruim assim”. Ou você pode mudar o seu comportamento, parando de fumar.

Como a Teoria de Festinger Pode Ajudar a Explicar o Comportamento Humana

A teoria da dissonância cognitiva pode ser usada para explicar uma variedade de comportamentos humanos. Por exemplo, a teoria pode ser usada para explicar o efeito de conformidade, que é o comportamento das pessoas de mudarem suas opiniões e atitudes para serem consistentes com o grupo a que elas pertencem.

Imagine que você esteja em um grupo que acredita que o planeta Terra é plano. Você sabe que isso não é verdade, mas você muda sua opinião para se conformar com o grupo. Isso acontece porque você não quer criar uma dissonância cognitiva entre suas crenças (que o planeta Terra é redondo) e o grupo a que pertence (que acredita que o planeta Terra é plano).

A teoria da dissonância cognitiva também pode ser usada para explicar o efeito de ancoragem. O efeito de ancoragem é o comportamento das pessoas de serem influenciadas pelas primeiras informações que elas recebem. Imagine que você esteja participando de um leilão e o primeiro lance é de R$ 100. Você sabe que o produto vale menos do que isso, mas você ainda assim faz um lance de R$ 150.

Você fez isso porque foi influenciado pelo primeiro lance (R$ 100). Se o primeiro lance tivesse sido de R$ 10, você teria feito um lance bem menor do que R$ 150. Esse é um exemplo de como as pessoas podem ser influenciadas pelas primeiras informações (ou ancoragens) que elas recebem.

Exemplos de Aplicações da Teoria de Festinger

A teoria da dissonância cognitiva tem sido usada para explicar uma variedade de comportamentos humanos, incluindo:

  • Efeito de ancoragem
  • Efeito de conformidade
  • Efeito de priming
  • Efeito placebo
  • Escolhas irreversíveis

Além disso, a teoria tem sido usada para explicar vários outros fenômenos sociais e psicológicos, como:

  • Aura dos gurus religiosos
  • Fenômeno do mercado imobiliário bolha
  • Tradicionalismo religioso
  • Cognitive dissonance

Criticas à Teoria de Festinger

Embora a teoria da dissonância cognitiva seja amplamente aceita na comunidade acadêmica, ela não está isenta de críticas. Algumas das principais críticas à teoria são:

  • A teoria é baseada em uma premissa falsa: A premissa central da teoria é que as pessoas tendem a manter uma consistência interna entre suas crenças e seus comportamentos. No entanto, existem muitos exemplos em que as pessoas não se importam com a consistência interna. Por exemplo, as pessoas podem acreditar que fumar é prejudicial à saúde, mas continuam fumando.
  • A teoria ignora os outros fatores motivacionais: A teoria da dissonância cognitiva pressupõe que as pessoas buscam manter uma consistência interna entre suas crenças e seus comportamentos. No entanto, existem outros fatores motivacionais que podem influenciar o comportamento das pessoas. Por exemplo, as pessoas podem continuar fumando porque gostam do hábito, mesmo sabendo que ele é prejudicial à saúde.
  • A teoria é baseada em uma concepção estreita da mente humana: A teoria assume uma concepção estreita da mente humana, na qual as pessoas são motivadas apenas pelo desejo de manter uma consistência interna.

O que os especialistas acham sobre Leon Festinger?

Leon Festinger é considerado um dos mais importantes psicólogos do século XX. Suas contribuições para o campo da psicologia social foram inestimáveis, e seu trabalho continua a influenciar pesquisadores até hoje. Festinger desenvolveu a teoria da dissonância cognitiva, que é amplamente considerada como um dos principais pilares da psicologia social.

A teoria da dissonância cognitiva foi formulada por Festinger em 1957, no livro A Theory of Cognitive Dissonance. A teoria afirma que as pessoas tendem a buscar um estado de consonância entre suas crenças e suas ações. Quando há uma discrepância entre esses dois elementos, as pessoas experimentam uma sensação de incomodidade, o que Festinger chamou de “dissonância cognitiva”.

Para aliviar essa dissonância, as pessoas podem tomar medidas para mudar suas crenças ou suas ações. Ou, em alguns casos, as pessoas podem tentar justificar suas ações, mesmo que isso signifique distorcer suas crenças. A teoria da dissonância cognitiva fornece uma explicação para muitos comportamentos humanos, como o fanatismo religioso e o consumismo.

Festinger também desenvolveu a teoria do efeito Pygmalion, que afirma que as expectativas que as pessoas têm sobre outras pessoas podem se tornar uma auto-realização. Por exemplo, se os professores esperam que um aluno se saia bem em um teste, é provável que o aluno atinja essa meta. O efeito Pygmalion mostra como nossas expectativas podem influenciar significativamente o comportamento das outras pessoas.

Festinger também foi um dos primeiros pesquisadores a estudar os grupos de discussão. Sua pesquisa mostrou como as discussões em grupo podem levar as pessoas a convergirem em suas opiniões, mesmo quando elas começaram com opiniões divergentes. Essa convergência é conhecida como “efeito de consenso”.

Os estudos de Festinger sobre a dissonância cognitiva, o efeito Pygmalion e o efeito de consenso têm sido extremamente influentes na psicologia social. Seu trabalho continua sendo citado em muitos livros e artigos acadêmicos, e sua teoria da dissonância cognitiva é amplamente aceita como um princípio fundamental da psicologia social.

Fonte: Simply Psychology.

Dúvidas dos Leitores:

1. Quem foi Leon Festinger?

Eu sou Leon Festinger, um psicólogo estudioso do comportamento humano. Desde a minha juventude, eu estava interessado em compreender por que as pessoas fazem o que fazem. Isso me levou a estudar psicologia e, eventualmente, a desenvolver minha teoria do Cognição Dissonante.

2. O que é a teoria da Cognição Dissonante?

Em resumo, a teoria da Cognição Dissonante diz que as pessoas tendem a buscar um estado de consciência coerente. Isso significa que as pessoas geralmente evitam situações em que seus pensamentos e suas ações não estão alinhados.

Por exemplo, se você acredita que fumar é ruim para a saúde, mas continua a fumar, isso cria uma sensação de dissonância cognitiva – ou seja, um estado de incômodo causado pelo desalinhamento entre seus pensamentos e suas ações.

3. Como a teoria da Cognição Dissonante pode ser usada para entender o comportamento humano?

A teoria da Cognição Dissonante pode ser usada para explicar muitos comportamentos humanos. Por exemplo, ela pode explicar por que as pessoas podem ter tendências irracionais, como o medo de voar. Se uma pessoa acredita que voar é perigoso, mas precisa voar para uma viagem importante, isso cria uma dissonância cognitiva.

Para aliviar essa dissonância, a pessoa pode começar a buscar evidências de que voar realmente é seguro. Ou, ela pode decidir não voar e escolher outro meio de transporte. De qualquer forma, a teoria da Cognição Dissonante pode nos ajudar a compreender o comportamento humano em muitas situações.

4. Você tem alguma história interessante sobre a teoria da Cognição Dissonante?

Sim! Uma vez, eu estava trabalhando com um grupo de engenheiros que tinham acabado de ser contratados por uma grande empresa. Todos os engenheiros eram extremamente competentes e haviam passado por um rigoroso processo de seleção.

No entanto, eles começaram a questionar suas habilidades e se sentiram inseguros sobre o trabalho que estavam fazendo. Eu suspeitei que isso era causado por uma dissonância cognitiva – ou seja, eles estavam tendo dificuldade para lidar com o fato de que suas habilidades não eram tão boas quanto elas deveriam ser.

Para aliviar essa dissonância, eles começaram a procurar evidências de que eram realmente competentes. Eles passaram mais tempo em seus projetos, leram livros sobre engenharia e conversaram com outros engenheiros experientes.

Eventualmente, eles superaram sua insegurança e se tornaram engenheiros confiantes e bem-sucedidos. Esta história mostra como a teoria da Cognição Dissonante pode nos ajudar a compreender o comportamento humano em situações adversas.

História da vida de Leon (Contada em estilo de biográfia):

Eu, Leon Festinger, nasci em Nova York em 8 de maio de 1919. Fui o segundo filho de um vendedor e uma dona de casa. Meu irmão mais velho, Morris, era quatro anos mais velho do que eu. Nós crescemos no Brooklyn, onde eu fiz minha primeira amizade com um menino chamado Stanley Schachter. Mais tarde, Schachter se tornaria um psicólogo renomado, e nós dois continuaríamos amigos até a morte dele, em 1997.

Em 1937, eu me formei no Brooklyn College. Em seguida, fui para a Universidade de Wisconsin-Madison, onde estudei psicologia com o grande psicólogo social Kurt Lewin. Foi durante esse tempo que eu conheci Hilda Weisskopf-Joelson, que se tornaria minha esposa em 1941. Tivemos dois filhos juntos: Peter e Rebecca.

Após a graduação, em 1940, voltei para Nova York e comecei a trabalhar com Lewin em sua pesquisa sobre grupos. Em 1944, publiquei meu primeiro livro, “The Psychology of Social Norms”. Em 1947, fui para a Universidade Northwestern, onde permaneci por 10 anos. Em 1957, fui para a Stanford University, onde trabalhei até minha aposentadoria em 1985. Em 1960, publiquei meu segundo livro,”Cognitive Dissonance: A Theory of Mental Stress”.

A teoria da dissonância cognitiva é provavelmente o meu principal contributo à psicologia. Essa teoria diz que as pessoas tendem a buscar um estado de consonância mental, ou seja, uma situação em que suas crenças e comportamentos são consistentes entre si.

Quando as pessoas são confrontadas com informações que contradizem suas crenças ou comportamentos (dissonância), elas sentem estresse mental e buscam reduzir essa dissonância de diversas maneiras.

Por exemplo, uma pessoa que bebe álcool regularmente pode negar os riscos para a saúde associados ao consumo de álcool para manter sua crença de que o álcool é inofensivo (e continuar bebendo). Ou uma pessoa que compra um produto caro pode justificar seu comportamento racionalizando que o produto é realmente bom valor pelo dinheiro (e não apenas caro).

A teoria da dissonância cognitiva tem sido amplamente testada e é considerada um dos pilares da psicologia social contemporânea. Ela explica muitos dos comportamentos humanos estranhos que observamos todos os dias.

Além da teoria da dissonância cognitiva, também sou creditado por desenvolver a teoria do equilíbrio cognitivo, que é uma versão mais ampla da teoria da dissonância cognitiva. A teoria do equilíbrio cognitivo diz que as pessoas tendem a buscar um estado de consonância mental não apenas entre suas crenças e comportamentos, mas também entre suas crenças e as crenças de outras pessoas importantes para elas (por exemplo, amigos ou familiares).

Além da minha pesquisa sobre a dissonância cognitiva e o equilíbrio cognitivo, também sou creditado por desenvolver a teoria do comprometimento relativo. Essa teoria diz que as pessoas são mais propensas a se comprometer com uma opinião ou decisão quando elas percebem que outras pessoas importantes para elas (por exemplo, amigos ou familiares) também estão comprometidas com essa opinião ou decisão .

Por exemplo, uma pesquisa mostrou que as mulheres eram mais propensas a usar um produto para perda de peso quando sabiam que outras mulheres importantes para elas (por exemplo, amigas) também estavam usando esse produto .

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